quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

PAZ E BEM


A minha primeira experiência aconteceu ha uns três anos. Victor, o meu segundo filho, tinha uma saúde frágil. Àquela época, havia pouco que ele tinha saído de um longo período de internação por causa de uma broncopneumonia. Quando cheguei em casa, minha esposa me chamou a atenção para o peculiar modo de andar que ele estava apresentando, caminhava com um braço preso ao tronco e inclinado para o lado. É claro que ficamos preocupados, Victória era recém-nascida e por isso eu fui sozinho com Victor ao hospital. No caminho eu olhava para aquele corpinho magro, frágil como de um passarinho, olhos fundos, melancólicos. Victor tem os olhos sempre melancólicos, mesmo quando está alegre, há sempre uma nostalgia indefinida nos seus olhos que me enternece. Eu olhava para aquele corpinho, o bracinho fino preso ao corpo, e ali eu clamei a Deus. Clamei como quem rasga o coração. Clamei como quem não tem em quem se segurar e, por isso mesmo, ousa tocar o intangível. Ali ao volante, com meu filho deitado no banco de trás, eu clamei por ele e por mim.

Chegamos ao hospital. Seguimos o longo protocolo de entrada, cadastro, espera, exames, angústia, preocupação e oração. Enfim, o diagnóstico, pneumonia. A internação tinha de ser imediata, e assim foi. Levaram o meu passarinho para o quarto. Assisti seu corpinho sendo depositado na cama, seu bracinho furado para a entrada do soro e medicação, seus olhinhos tristes, de uma tristeza resignada. Fiquei ali, a seu lado, não sabia o que dizer para dar ânimo ou deixá-lo mais confortável. Eu também não estava nem animado, nem confortável, de mais a mais sempre fui péssimo em levantar astral de quem está prá baixo, principalmente quando é o meu astral. Hoje, depois de tantas lutas, ainda tenho muito que aprender na preciosa missão de consolar os aflitos.

Ele adormeceu, eu me deitei e tentei dormi. Acordei no meio da noite, assustado, como costuma acontecer com pais que têm filhos enfermos no hospital. E foi aí que eu o vi. Ao lado da cama, em pé, olhava para Victor com um misto de carinho e cuidado. Eu firmei os olhos, na esperança de ver aquela visão desvanecer, mas ele continuava ali, impassível à minha presença, apenas olhando e zelando pelo outro anjinho que estava na cama. Havia uma voz que tranqüilizou o meu coração, embora não ouvisse nada, é como se alguém dissesse: “fique tranqüilo, eu estou com você”. Depois, de ouvir a voz do silêncio, olhei de novo, desta vez não o vi, mas tinha certeza que ele continuava ali. Dormi em paz.

Conto isto porque ontem ele voltou a aparecer. Assim que cheguei ao trabalho meu querido amigo Roberto, querido mesmo, me perguntou impressionado se eu tinha chegado àquela hora, pois ele tinha certeza absoluta que havia me visto antes, olhando os equipamentos na sala dos computadores. Não tive dúvidas, falei-lhe que é o anjo que zela por mim na minha ausência. Ele continuou admirado, tinha visto a mim e tinha certeza disto. Não me impressionei, pois de muito que este anjo tem trabalhado comigo, me livrando de situações embaraçosas das formas mais inusitadas, e sempre com um toque de humor e com muito carinho.

A Bíblia diz que o Anjo do Senhor acampa ao redor daqueles que o temem e os protege. Tenho sentido esta realidade em minha vida, às vezes ele se faz visível, principalmente em momentos difíceis. Esta semana foi difícil para mim, algumas lutas estavam me drenando, e ele quis me deixar uma mensagem. Só que eu sempre fui meio cético, o que pode parecer um contrasenso para alguém que escolheu um caminho espiritual, mas talvez seja exatamente por ser cético que eu creia tanto, pois creio pela força das evidências. Estas coisas de anjos, espíritos, visões, nunca fizeram parte de meu repertório, é por isto que ele usou outro tão cético quanto eu, Roberto, como canal da velha e boa mensagem que ouvi uma vez lá no hospital: “fique tranqüilo, eu estou com você”.

Eu sei que Ele está e sempre estará comigo. E eu estou em paz.

Salvador,02/08/2005

Pr. Denilson Torres

Ministério Fruto do Espírito

www.frutodoespirito.com.br

O EFEITO ESTUFA


O aquecimento global é causado pelo aumento do chamado efeito estufa. Ele sozinho não é ruim, já que permite que a Terra fique aquecida o suficiente para que a vida continue.

É possível imaginar a Terra como um carro estacionado sob o Sol. O carro fica sempre muito mais quente por dentro do que por fora se permanecer exposto ao Sol por um tempo. Os raios do Sol entram pelas janelas do carro, e uma parte de seu calor é absorvida pelos assentos, painel, carpete e tapetes. Quando esses objetos liberam o calor, ele não sai pelas janelas por completo. Uma parte é refletida de volta para o interior do carro. O calor irradiado pelos assentos é de um comprimento de onda diferente da luz do Sol que entrou pelas janelas. Então, uma certa quantidade de energia entra, e menos quantidade de energia sai. O resultado é um aumento gradual na temperatura interna do carro.